Materiais necessários para o procedimento
• Sonda oro ou nasogástrica.
• Lidocaína gel.
• Soro fisiológico para irrigação ou água.
• Gaze.
• Luva esterilizada.
• Seringa de 20 ml.
• Máscara e óculos para proteção.
A lavagem pode ser feita com sonda oro ou nasogástrica. A vantagem da sonda orogástrica
é o fato de ser mais calibrosa, facilitando a retirada das substâncias tóxicas. No entanto, é um
procedimento menos tolerado pelos pacientes. Na maioria das situações, passa-se uma sonda
nasogástrica. Esta deve ser o mais calibrosa possível para facilitar a recuperação do toxicante. A
posição ideal é o decúbito lateral esquerdo com a cabeça em nível inferior ao corpo.
Deve-se explicar ao paciente como será o processo, assim, possivelmente, ele colaborará para
a passagem da sonda, além de não se sentir agredido. Se estiver comatoso, deverá ser intubado
antes da lavagem. Faz-se uma estimativa do comprimento (lóbulo da orelha, ponta do nariz,
apêndice xifoide), coloca-se lidocaína gel na extremidade distal e na narina escolhida. Durante a
colocação, flexiona-se o pescoço do paciente e pede-se para engolir.
Deve-se confirmar a presença da sonda para assegurar o posicionamento. Habitualmente,
insufla-se ar por meio de uma seringa ao mesmo tempo em que se ausculta a região epigástrica.
Em adultos, uma lavagem gástrica bem sucedida necessita de uma média de 6 a 8 litros de
líquido (soro fisiológico ou água). Em crianças, utilizam-se 5-10 ml/kg até o máximo de 250 ml/
vez. Volume total usado em média para RN 500 ml; lactentes 2-3 l; escolares 4-5 l. Administramse
pequenas quantidades (máximo 250 ml/vez), visto que volumes maiores podem “empurrar” o
toxicante para o duodeno. Repete-se esse procedimento várias vezes (mínimo oito).
O volume retornado sempre deve ser próximo ao volume ofertado e observar atentamente o
conteúdo que retorna, na procura de restos do agente tóxico. Podem ser guardadas as amostras
Fonte: Ministério da saúde. caderno de atenção básica, 30. Procedimentos