Os autores afirmam que para colheita de dados foram estudadas as populações de cinco vilas rurais do Haiti que contam com o apoio da ONG Haitian Health Foundation (HHF), uma organização não-governamental com sede em Norwich, Connecticut, com escritórios, clínicas e programas de saúde pública rural baseados em Jeremie, no Haiti. As localidades, segundo eles, foram selecionadas de acordo com dois critérios: duração da ligação com a HHF e número de gestações no período entre 2004 e 2006. Uma das vilas pertencia a municipalidade de Moron, e as outras quatro pertenciam à municipalidade de Jeremie.
Chaylah e colegas revelam que, em média, a maioria das mulheres das regiões estudadas foi testada para sífilis na 25ª semana de gestação. "Somente 11% das 350 mulheres foram testadas no primeiro trimestre, outras 60% foram testadas no segundo trimestre, e aproximadamente 29% das mulheres foram testadas no terceiro trimestre". Eles declaram que o tempo válido da gestação para tratamento da sífilis esteve disponível para apenas 24 das 31 mulheres que obtiveram resultados positivos nos testes. Os autores também afirmam que "foi constatada uma relação significativa entre problemas na gravidez e sífilis materna. Foram observados quadros constando de aborto espontâneo, morte durante a gravidez ou no parto e mortes do recém nascido". Segundo eles, de 410 testes realizados para a doença, 31 foram positivos.
Na opinião dos pesquisadores, o estudo demonstra que "a sífilis materna é altamente prevalente nas áreas rurais próximas a Jeremie, Haiti. Essa frequência combinada com acesso tardio aos cuidados pré-natais resulta em complicações na gravidez para muitas mães, assim como em uma incidência de sífilis congênita muito alta". Claramente, afirmam os autores, "as duas variedades da doença não são bem conhecidas nessa região do Haiti e há necessidade de ampliar programas de intervenção e educação pública para reduzir o fardo trazido por essa doença".