O Comitê Olímpico Brasileiro incluiu uma médica ginecologista na sua equipe pela primeira vez nos jogos de Londres de 2012. Essa novidade foi vista como positiva pela comunidade médica e demonstra que mais interesse e cuidados estão sendo destinados a essa questão. A iniciativa é interessante no sentido de proporcionar um atendimento e um entendimento mais aprofundado da parte de ginecologia para essas atletas que estão competindo. Isso vem adicionar para que haja um maior controle e bem estar no atendimento médico das mulheres durante a competição.
Atividades físicas extremas podem causar diversos problemas à fertilidade feminina. As ginastas, por exemplo, enfrentam uma questão que causa polêmica. Os esforços físicos feitos pelas atletas são tão intensos que elas podem parar de menstruar. Exercícios extremos podem causar isso de duas formas: o nível elevado de estresse causa a interrupção da ovulação e a diminuição do percentual de gordura do corpo pode trazer alterações hormonais que impedem o ciclo.
A TPM – tensão pré-menstrual – também é um problema para as atletas, que podem ter seu desempenho prejudicado pelas alterações que ocorrem nesse período. Para enfrentar esse inimigo, o mais comum é que elas façam uso de pílula anticoncepcional sem intervalos para evitar a vinda da menstruação durante competições. Em muitos casos se faz isso por comodidade. Isso é absolutamente tranquilo e não causa problemas porque não interfere na função hormonal e traz o benefício do bem estar para atleta.
Mulheres que praticam exercícios físicos devem sempre estar atentas aos seus corpos e procurar ajuda médica se perceberem sinais de que algo não está bem. A atividade física também deve ser discutida com a ginecologista em consultas de rotina.