A atividade teve como objetivo a explicar o que é esse problema, como combater o mesmo, além do monitoramento das variações de Pressão Arterial e o estímulo aos movimentos manuais e aprimoramento da coordenação motora dos participantes.
O evento contou com a participação dos profissionais da unidade.
No passado a incontinência urinária era vista como uma condição inevitável resultante do avanço da idade. Recebendo pouca atenção naquela época, as mulheres com perda urinária ficavam sujeitas a sofrer silenciosamente, mantendo-se em casa, deixando de realizar suas atividades diárias e por muitas vezes tendo um convívio social limitado. Atualmente a incontinência urinária é fruto de intenso estudo, possui tratamento e pode ser manejada de diversas formas melhorando a qualidade de vida e resgatando a auto-estima destas pacientes.
A incontinência urinária é definida como a perda involuntária de urina. O número de mulheres com incontinência é difícil de ser estimado e varia em diversos estudos. Sabe-se que com o avanço da idade aumenta a prevalência como demonstra o estudo que diagnosticou que 10% das mulheres aos 20 anos têm incontinência e este índice sobe para 50% aos 70 anos. A perda involuntária de urina pode ser resultado de fatores anatômicos, fisiológicos ou patológicos. Fatores congênitos e doenças adquiridas que interferem na inervação pélvica tais como: espinhas bífidas, esclerose múltipla, também podem causar deficiências no armazenamento e controle urinário.
As Causas temporárias são: Durante a gestação, Infecção urinária, dificuldade em andar, efeito colateral de medicação. Já as Causas crônicas são Prolapso vaginal, fraqueza da musculatura pélvica, obstrução a saída da urina (prolapso ou pós-op de Sling), Lesão espinhal ou cerebral, lesão nervosa periférica ( cirurgia pélvica prévia), parto vaginal traumático. O Diagnóstico: é feito com uma boa história clínica e medicamentosa. O uso de um diário miccional (onde o paciente anota 72hs do volume de liquido ingerido, volume urinado em cada miccção, o número e os momentos de perda urinária, o numero de micções diárias...) ajuda no diagnóstico do tipo de incontinência.Os exames físico e neurológico podem ajudar no diagnóstico da causa da incontinência.
Em alguns casos o exame de urina (EAS e Urinocultura), exames de sangue (Uréia, Creatinina, Glicose ) e a Ultrassonografia do trato urinário podem ser necessários. O tratamento da Incontinência urinária deve ser individualizado e por muitas vezes envolve mais de uma especialidade. O tipo de incontinência deve ser sempre considerado. A perda de peso diminui a pressão na musculatura pélvica. A recomendação é evitar o consumo de cafeína e álcool que são bebidas que aumentam a freqüência urinária. O tabagismo também deve ser evitado pois efeitos deletérios na bexiga e uretra podem ser causados pelo consumo do cigarro. Estes exercícios servem para fortalecer e treinar a musculatura pélvica, podendo diminuir ou cessar a perda involuntária de urina. Possui melhores resultados na incontinência de Stress com elevada pressão de perda.
O Biofeedback é um mecanismo que utiliza um dispositivo que dá resposta ao paciente mostrando se o exercício está sendo feito corretamente. Serve para as pacientes aprenderem a fazer as contrações pélvicas adequadas. Existem vários tipos de drogas que interferem na micção. O grupo dos anticolinérgicos é o mais estudado e utilizado para o tratamento da Síndrome da Bexiga Hiperativa. Existe uma grande variedade de anticolinérgicos e atualmente estão disponíveis drogas com maior seletividade para a bexiga causando menores efeitos colaterais como: boca seca, alteração cognitiva, constipação, visão turva ou tonteira. Estas drogas são usadas principalmente na incontinência de urgência e não são efetivas na incontinência de stress.
Para os pacientes que não conseguem esvaziar a bexiga adequadamente e possuem incontinência por transbordamento o cateterismo vesical intermitente é uma opção de tratamento. Este procedimento é facilmente executado pelo paciente e consiste em introduzir um fino cateter pela uretra até a bexiga com o objetivo de esvaziá-la.
O tratamento cirúrgico se restringe a pacientes com componente de incontinência de stress, ou seja, que perdem urina involuntariamente com o esforço. O tipo de abordagem cirúrgica pode variar de acordo com cada paciente, preferência do cirurgião e valor da pressão de perda. A cirurgia tem como princípio restabelecer o suporte uretral. A técnica padrão ouro é conhecida como “sling” e pode ser realizada via retropúbica ou transobturatória. Complicações possíveis com a Cirurgia Urgência urinária, Dor no local da passagem do “sling”, Incontinência mantida, Extrusão da fita, Perfuração da bexiga ou de vasos sanguíneos, Fistula uretro-vaginal, Dispareunia ( dor durante a relação sexual ), Hematoma, Infecção