Criação da Vacina BCG – 01º de Julho

1 de jul. de 2012

     Bacillus Calmette-Guérin (BCG) ou vacina contra a tuberculose é uma vacina obtida através da bactéria Mycobacterium bovis, em estado atenuado.

História

    Em 1925, as experiências no Instituto Pasteur, do microbiólogo Albert León Charles Calmette, dão como resultado uma substância que se pode considerar como a primeira vacina do século XX. Partiram pela base de que a imunidade contra a turbeculose só era possível quando havia no organismo bacilos turbeculosos. No princípio a vacina foi testada em animais, e em 1921 se fez a primeira aplicação em um ser humano. Inicialmente administrada via digestiva a crianças nos primeiros dias de vida em uma emulsão de glicerina.

Idade de aplicação:
    A partir do nascimento. Desde que não tenha sido administrada na unidade neonatal, a vacina deve ser feita ao completar o primeiro mês de vida ou no primeiro comparecimento à unidade de saúde. Não é recomendada a vacinação de indivíduos adultos, ainda que a BCG seja utilizada para determinados tratamentos que não a vacinação na idade avançada.

Indicação :
    É indicada principalmente para prevenir as formas graves da tuberculose (miliar e meníngea) em crianças com menos de cinco anos de idade, mais freqüentes em menores de um ano. Está indicada, também, e o mais precocemente possível, nas crianças HIV-positivas assintomáticas e filhos de mães HIV-positivas. É contra-indicada nos indivíduos HIV-positivos sintomáticos.

Via de administração:
    Rigorosamente intradérmica, de preferência no braço direito, na altura da inserção inferior do Músculo deltóide. Deve ser aplicado 0,1 ml da solução.
    É a seguinte a evolução da reação vacinal: nódulo local que evolui para pústula, seguida de crosta e úlcera, com duração habitual de seis a 10 semanas, dando origem quase sempre a pequena cicatriz. Durante a fase de úlcera, pode haver o aparecimento de secreção.

Contra-indicações:
    Imunodeficiência congênita ou adquirida, incluindo crianças infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) que apresentem sintomas da doença. Embora não apresentem contra-indicações absolutas, recomenda-se adiar a vacinação com BCG em recém-nascidos com peso inferior a 2.000g e em presença de afecções dermatológicas extensas em atividade.

Vacinação e/ou revacinação de grupos especiais:
    Segundo recomendação da Coordenação Nacional de Pneumologia Sanitária - com o objetivo de conferir maior proteção aos profissionais da área da saúde que exercem atividades em hospitais e instituições onde haja permanência de pacientes com tuberculose ou aids, freqüentemente expostos, portanto, à infecção - deve-se vacinar com BCG todos os não-reatores (nódulo com diâmetro de 0 a 4mm) e reatores fracos (nódulo com diâmetro de 5 a 9mm) ao teste tuberculínico (PPD), incluídos os novos profissionais admitidos nos mencionados serviços.
Vacinação de comunicantes de hanseníase:
    Considerando-se a norma estabelecida pela Coordenação Nacional de Dermatologia Sanitária, deve-se vacinar os comunicantes de casos de hanseníase com duas doses de BCG, administradas com intervalo mínimo de seis meses,devendo-se considerar a presença de cicatriz vacinal como primeira dose, independentemente do tempo transcorrido desde a aplicação que provocou seu aparecimento. Nas gestantes, recomenda-se transferir a aplicação do BCG para depois de terminada a gravidez.

Referências:
    Manual de Normas de Vacinação. 3.ed. Brasília: Ministério da Saúde: Fundação Nacional de Saúde; 2001 72p. Por: Raphael Silva

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