A hipertensão arterial (HTA), hipertensão arterial sistêmica (HAS) conhecida popularmente como pressão alta é uma das doenças com maior prevalência no mundo moderno e é caracterizada
pelo aumento da pressão arterial,
aferida com esfigmomanômetro (aparelho de pressão) ou tensiômetro, tendo como causas a hereditariedade, a obesidade, o sedentarismo, o alcoolismo, o estresse, o fumo e outras
causas. Ela ocorre a ativação excessiva de uma proteína chamada de RAC1. Pessoas negras possuem
mais risco de serem hipertensas. A sua incidência aumenta com a idade, mas
também pode ocorrer na juventude.
Existe um problema
para diferenciar a pressão alta da pressão considerável normal. Ocorre
variabilidade entre a pressão diastólica e a pressão sistólica e é difícil
determinar o que seria considerado normal e anormal neste caso. Alguns estudos
farmacológicos antigos criaram um mito de que a pressão diastólica elevada
seria mais comprometedora da saúde que a sistólica. Na realidade, um aumento
nas duas é fator de risco.
Considera-se
hipertenso o indivíduo que mantém uma pressão arterial acima de 140 por 90 mmHg
ou 14x9, durante seguidos exames, de acordo com o protocolo médico. Ou seja,
uma única medida de pressão não é suficiente para determinar a patologia. A situação 14x9 inspira cuidados e
atenção médica pelo risco cardiovascular.
Pressões arteriais
elevadas provocam alterações nos vasos sanguíneos e na musculatura do coração.
Pode ocorrer hipertrofia do ventrículo esquerdo, acidente vascular cerebral (AVC), infarto do
miocárdio, morte súbita,insuficiências renal e cardíacas, etc.
O tratamento pode
ser medicamentoso e/ou associado com um estilo de vida mais saudável. De forma
estratégica, pacientes com índices na faixa 85-94 mmHg (pressão diastólica)
inicialmente não recebem tratamento farmacológico.
Descrição
A hipertensão
ocorre quando os níveis da pressão arterial encontram-se acima dos valores de
referência para a população em geral.
Para a Organização
Mundial de Saúde (OMS) os valores admitidos são:120x80mmHg, em que a pressão
arterial é considerada ótima e 130x85mmHg sendo considerada limítrofe.
Valores
pressóricos superiores a 140x90mmHg denotam Hipertensão.
Conforme a IV
Diretrizes Brasileira de Hipertensão Arterial da Sociedade Brasileira de
Cardiologia, compreende em estágios: 1 (leve - 140x90mmHg e 159x99mmHg), 2
(moderada - 160x100mmHg e 179x109mmHg) e 3 (grave - acima de 180x110mmHg).
Qualquer indivíduo
pode apresentar pressão arterial acima de 140x90mmHg sem que seja considerado
hipertenso. Apenas a manutenção de níveis permanentemente elevados, em
múltiplas medições, em diferentes horários e posições e condições (repouso,
sentado ou deitado) caracteriza a hipertensão arterial.
Esta situação
aumenta o risco de problemas cardiovasculares futuros, como Infarto agudo do miocárdio e
Acidente Vascular do tipo Cerebral, por exemplo. A possibilidade destes problemas é
log-linear, ou seja, cresce de maneira contínua em uma escala logarítmica.
Fatores de risco
A hipertensão arterial pode ou não surgir em qualquer indivíduo, em
qualquer época de sua vida, mas algumas situações aumentam o risco. Dentro dos
grupos de pessoas que apresentam estas situações, um maior número de indivíduos
será hipertenso. Como nem todos terão hipertensão, mas o risco é maior, estas
situações são chamadas de fatores de risco
para hipertensão. São fatores de
risco conhecidos para hipertensão:
§
Idade: Aumenta o risco com o aumento da idade.
§
Sexo: Até os cinquenta anos, mais homens que mulheres desenvolvem hipertensão.
Após os cinquenta anos, mais mulheres que homens desenvolvem a doença.
§
Etnia: Mulheres afro
descendentes têm risco maior de
hipertensão que mulheres caucasianas.
§
Nível socioeconômico: Classes de menor
nível sócio-econômico têm maior chance de desenvolver hipertensão.
§
Consumo de sal: Quanto maior o consumo de sal (sódio), maior o
risco da doença.
§
Consumo de álcool: O consumo elevado está
associado a aumento de risco. O consumo moderado e leve tem efeito controverso,
não homogêneo para todas as pessoas.
§
Obesidade: A presença de obesidade aumenta
o risco de hipertensão.
§
Sedentarismo: O baixo nível de atividade física aumenta o risco da doença.
Diagnóstico
Um esfigmomanômetro e um estetoscópio, equipamentos utilizados para aferir a pressão arterial.A medida da pressão
arterial deve ser realizada apenas com aparelhos confiáveis.
Para medi-la, o
profissional envolve um dos braços do paciente com o esfigmomanômetro,
que nada mais é do que uma cinta larga com um pneumático interno acoplado a uma
bomba de insuflação manual e um medidor desta pressão. Ao insuflar a bomba, o
pneumático se enche de ar e causa uma pressão no braço do paciente, pressão esta
monitorada no medidor. Um estetoscópio é colocado sobre a artéria braquial
(que passa na face interna medial do cotovelo). Estando o manguito bem
insuflado, a artéria estará colabada pela pressão exercida e não passará sangue
na artéria braquial. Não haverá ruído algum ao estetoscópio. Libera-se, então,
a saída do ar pela bomba, bem devagar e observando-se a queda da coluna de
mercúrio no medidor. Quando a artéria deixa de estar totalmente colabada um
pequeno fluxo de sangue inicia sua passagem pela artéria provocando em ruído de
esguicho (fluxo turbilionar).
Neste momento anota-se a pressão máxima (sistólica). O ruído persistirá até que
o sangue passe livremente pela artéria, sem nenhum tipo de garroteamento (fluxo laminar). Verifica-se no medidor
este momento e teremos a pressão mínima (pressão diastólica). Em geral, medimos
a pressão em milímetros de mercúrio (mmHg), sendo normal uma pressão diastólica
(mínima) entre 60 e 80 mmHg (6 a 8 cmHg) e pressão sistólica entre 110 e 140
mmHg (11 a 14 cmHg) (cmHg = centímetros de mercúrio).
Sintomas
A hipertensão arterial é considerada uma doença silenciosa, pois na
maioria dos casos não são observados quaisquer sintomas no paciente. Quando
estes ocorrem, são vagos e comuns a outras doenças, tais como dor de cabeça,
tonturas, cansaço, enjôos, falta de ar e sangramentos nasais. Esta falta de
sintomas pode fazer com que o paciente esqueça de tomar o seu medicamento ou
até mesmo questione a sua necessidade, o que leva ao grande número de
complicações.
Prevenção
A prevenção é o processo de evitar o surgimento de uma situação. Como a
pressão arterial tende a aumentar com a idade com as alterações vasculares que
acompanham o envelhecimento, pode-se questionar se a hipertensão arterial é prevenível.
Mas existem medidas que podem postergar este aumento de pressão. Estas medidas
devem ser chamadas de medidas preventivas, mesmo que não impeçam, mas retardem
o surgimento da hipertensão arterial. Neste contexto, são medidas preventivas:
§ Alimentação saudável.
§ Consumo controlado de sódio.
§ Consumo controlado de álcool, combate ao alcoolismo.
§ Aumento do consumo de alimentos ricos em potássio.
§ Combate ao sedentarismo.
§ Combate ao tabagismo.
Em algumas
situações específicas, com alto risco de doença cardiovascular, pode ser
considerado o uso de medicamentos para a prevenção da Hipertensão.