29 de jul. de 2012

Hepatites em foco


    A hepatite é uma doença grave, que ataca o fígado, um dos órgãos mais importantes do corpo humano. Só no Brasil, dois milhões de pessoas sofrem da forma crônica de hepatite B. O Ministério da Saúde tem discutido com a sociedade e com os profissionais de saúde ações contra as diversas manifestações da doença. "O Brasil está bastante avançado no combate às hepatites, em comparação com outros países", avalia Epaminondas Campos, da organização não governamental (ONG) Grupo C, de apoio a portadores de hepatite C.
    Tanto a hepatite C quanto a B podem se tornar crônicas e se manifestar no corpo de uma pessoa pelo resto da vida. Para combater as hepatites e articular esforços federais, estaduais e municipais, o Ministério da Saúde criou, em 2002, o Programa para Prevenção e Controle das Hepatites Virais e vem intensificando as ações de vacinação contra hepatite B.
    "O Sistema Único de Saúde (SUS) tem várias vantagens, como a distribuição dos medicamentos, que são muito caros", cita Epaminondas Campos. "O que precisamos fazer é lutar para que todos os estados e municípios cumpram as diretrizes do programa, como a manutenção dos exames de biologia molecular, que diagnosticam a doença", diz Epaminondas.
    Atuação em três frentes - O Programa para Prevenção e Controle das Hepatites Virais nasceu a partir de um movimento dos profissionais da área de saúde, de ONGs e da sociedade. "As ações vêm sendo implantadas de forma heterogênea, conforme a realidade de cada estado", explica Gerusa Maria Figueiredo, coordenadora do programa, ligado à Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
    O ministério desenvolve o combate às hepatites em três frentes: a prevenção e controle, a vigilância epidemiológica e a assistência ao portador. Nesse contexto, o Programa Nacional de Hepatites Virais tem como objetivos desenvolver essas ações de prevenção, promover a vigilância epidemiológica e sanitária, garantir o diagnóstico e o tratamento das hepatites, ampliar o acesso ao tratamento, melhorar a qualidade e a capacidade dos serviços de saúde e acompanhar e avaliar o conjunto das ações.
  As metas de vacinação contra hepatite B para 2003, em parceria com os estados brasileiros, são imunizar cerca de 3,3 milhões de crianças menores de 1 ano e 27 milhões de pessoas na faixa etária de 1 a 19, em um total de 30,3 milhões de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
   As metas de vacinação para este ano também incluem cerca de 600 mil pessoas com maior risco de exposição à contaminação pelo vírus da hepatite B. Essa doença representa um grave problema de saúde pública, principalmente nas chamadas populações de risco acrescido, por serem mais vulneráveis à enfermidade.
   Nesse grupo, aparecem usuários de drogas, profissionais do sexo, pessoas que têm relação homossexual (eventual ou constante) e presidiários. A estratégia de vacinação dessa população tem por objetivo intensificar a prevenção da doença. O Ministério da Saúde oferece a vacina na rede pública do SUS.

O que são hepatites

   O fígado é essencial. Por meio dele, transformamos a comida em energia. O órgão também funciona como regulador do gasto de energia em maiores ou menores quantidades, conforme a necessidade do organismo. Se o fígado funciona bem, enfrentamos o cotidiano com muito mais disposição. Se falha, ficamos cansados e sem disposição para fazer nada.
    A hepatite é uma inflamação do fígado. As hepatites podem ser causadas por vírus ou por reações do corpo a substâncias como o álcool ou remédios. Somente as hepatites por vírus são transmitidas de uma pessoa para a outra. As hepatites A, B, C, D e E são virais.

Vacina evita hepatite B

   A Organização Mundial de Saúde (OMS) calcula que cerca de 400 milhões de pessoas no mundo estão cronicamente infectadas pelo vírus da hepatite B. Esse grupo é exposto a complicações como a cirrose e o câncer de fígado, que acabam gerando a necessidade de um transplante. No Brasil, estima-se que existam dois milhões de portadores crônicos de hepatite B.
    A prevenção da hepatite B é feita com a aplicação de três doses da vacina. A primeira é administrada ao nascer, a segunda, ao final do primeiro mês de vida, e a terceira, aos seis meses. A vacina também é oferecida para pessoas na faixa etária de 1 a 19 anos, bem como para quem pertence a grupos de risco acrescido, como os imunodeprimidos, os profissionais da área de Saúde e os profissionais do sexo, em qualquer faixa etária.

Têm prioridade na vacinação:
• Pessoas como até 29 anos,
• Gestantes no segundo trimestre de gravidez
• Trabalhadores da saúde
• Bombeiros
• Policiais
• Caminhoneiros
• Manicures, podólogos, tatuadores, aplicadores de piercing
• Indígenas
• Doadores de sangue
• Gays, lésbicas, travestis e transexuais
• Profissionais do sexo
• Usuários de drogas
• Portadores de doenças sexualmente transmissíveis (DST)

   Para fazer efeito, o esquema de vacinação é feito em três doses: com intervalo de um mês entre a primeira e a segunda dose e de seis meses entre a primeira e a terceira dose. Recém-nascidos recebem a primeira dose ainda na maternidade. Atualmente, em Curitiba, são aplicadas perto de 11 mil doses da vacina a cada mês.



Fonte: Portal Saúde gov br e Prefeitura de Curitiba

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