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20 de nov. de 2013

Como eu Faço... Valéria Carvalho

   Hoje o Blog da Clínica da Família Souza Marques continua apresentando uma série de relatos mostrando como o profissional trabalha na sua área. E para esse contato, temos a honra de apresentar Valéria Carvalho, Agente Comunitário de Saúde da Equipe Teles, da nossa unidade que apresenta como funciona a Visita Domiciliar a  Gestantes e Recém Nascidos, na visão do profissional técnico.

   Visitar gestantes e recém-nascidos é uma prática comum em muitos países. Tal atividade vem crescendo em função do reconhecimento de que os primeiros anos de vida são determinantes para a saúde do ser adulto. Em todas as visitas domiciliares, é fundamental que o profissional de saúde saiba identificar sinais de perigo à saúde da criança.
  Visitas domiciliares são recomendadas às famílias de gestantes e de crianças na primeira
semana pós-parto e, posteriormente a esse período, a periodicidade deve ser pactuada com a
família a partir das necessidades evidenciadas e considerando-se os fatores de risco e de proteção. Cabe lembrar que a visita domiciliar não é apenas uma atribuição do agente comunitário, pois toda a equipe faz uso dessa prática, podendo a primeira consulta do Recém Nascido e da puérpera ocorrer em domicílio, conduzida pelo(a) médico(a) e/ou enfermeiro(a).
   Com a aproximação da equipe de saúde do contexto de vida das famílias, a visita domiciliar
torna-se um instrumento importante para a troca de informações vinculadas às necessidades
particulares de cada indivíduo, favorecendo, desta forma, atividades educativas e mais
humanizadas. A visita domiciliar é uma das atribuições das equipes de saúde de atenção básica e é uma das principais atividades preconizadas para o agente comunitário de saúde pelo Ministério da Saúde. E tal prática e  atividades que envolvem bebês e crianças em geral são as atividades preferidas de nós, agentes comunitários de saúde .
   Os principais objetivos da primeira visita domiciliar ao recém-nascido e à sua família são Observar as relações familiares; Facilitar o acesso ao serviço de saúde; Possibilitar ou fortalecer o vínculo das famílias com as equipes de saúde; Escutar e oferecer suporte emocional nessa etapa de crise vital da família (nascimento de um filho); Estimular o desenvolvimento da parentalidade; Orientar a família sobre os cuidados com o bebê; Identificar sinais de depressão puerperal; Promover o aleitamento materno exclusivo até o 6º mês de vida; Prevenir lesões não intencionais; e Identificar sinais de perigo à saúde da criança; tirar duvidas sobre Recusa alimentar (a criança não consegue beber ou mamar); Vômitos importantes (ela vomita tudo o que ingere); Convulsões ou apneia (a criança fica em torno de 20 segundos sem respirar); Frequência cardíaca abaixo de 100bpm; Letargia ou inconsciência; Respiração rápida (acima de 60mrm); Atividade reduzida (a criança movimenta-se menos do que o habitual); Febre (37,5ºC ou mais); Hipotermia (menos do que 35,5ºC); 
   As nossas funções para com as gestantes são orientar as mulheres e suas famílias sobre a importância do pré-natal, da amamentação e da vacinação; Realizar visitas domiciliares para a identificação das gestantes e para desenvolver atividades de educação em saúde tanto para as gestantes como para seus familiares, orientando-os sobre os cuidados básicos de saúde e nutrição, cuidados de higiene e sanitários; Encaminhar toda gestante ao serviço de saúde, buscando promover sua captação precoce para a primeira consulta, e monitorar as consultas subsequentes; Conferir o cadastramento das gestantes no SisPreNatal, assim como as informações preenchidas no Cartão da Gestante; Acompanhar as gestantes que não estão realizando o pré-natal na unidade básica de saúde local, mantendo a equipe informada sobre o andamento do pré-natal realizado em outro serviço; Orientar as gestantes sobre a periodicidade das consultas e realizar a busca ativa das gestantes faltosas; Informar o(a) enfermeiro(a) ou o(a) médico(a) de sua equipe, caso a gestante apresente algum dos sinais de alarme: febre, calafrios, corrimento com mau cheiro, perda de sangue, palidez, contrações uterinas frequentes, ausência de movimentos fetais, mamas endurecidas, vermelhas e quentes e dor ao urinar. Identificar situações de risco e vulnerabilidade e encaminhar a gestante para consulta de enfermagem ou médica, quando necessário; Realizar visitas domiciliares durante o período gestacional e puerperal, acompanhar o processo de aleitamento, orientar a mulher e seu companheiro sobre o planejamento familiar. 

Fonte: Brasil, Ministério da Saúde. Caderno de Atenção Básica, 33.